Posts: terapia individual

Perguntar-se “por que eu fiz aquilo?” nos leva a respostas e atitudes muito diferentes de se perguntar “para que eu fiz aquilo?”. Quando me pergunto “por que fiz aquilo?”, busco descobrir as causas da minha ação. Fiz aquilo porque fulano foi grosseiro; porque sempre fiz isso; porque meus pais me ensinaram assim. A pergunta “por que?” pode ser muito útil e muito perigosa. Pode ser perigosa quando utilizo as causas como álibis para meu jeito de funcionar, justificando minha ação. Como na música de Dorival Caymmi, podemos cair na “Síndrome de Gabriela”: “eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, eu vou ser sempre assim”. Não mudo meu jeito porque sou assim mesmo ou porque o problema está no outro. Outro risco é ignorar que somos multicausais: cada ação nossa contém inúmeras causas, e não as conheceremos todas. Por isso querer entender as causas pode ser perda de tempo, e talvez até não nos permita nos conhecer melhor, porém não garantirá nenhuma mudança.

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